Como ponto de referencia resolvi seguir o rio. O caminho foi ficando cada vez mais estreitos até que deixou de haver caminho, apenas vegetação intransponivel. Por coincidência (ou não) havia nesse lugar uma velhinha com um barco. Perguntou-me se eu queria passar para o outro lado, e eu disse que sim, pensando que mais à frente encontraria uma ponte para passar novamente o rio...
Vários quilómetros depois, como não encontrava ponte,e farto de andar metido dentro dos arrozais, resolvi meter pela estrada, com a esperança de que na próxima povoação encontraria uma ponte. Má ideia...
Vinte quilómetros depois de uma estrada através da montanha, com subidas e descidas, e sem uma única sombra, cheguei novamente ao rio, queimado do sol, sem água, sem barcos e sem ponte...
Fiquei preso. Sentia-me exausto e sem forças para voltar para trás, e não era possível ir em frente. Então sentei-me à beira do rio a ver o tempo passar... Algum tempo depois, passou por ali um chinês a quem eu perguntei como fazer para passar para o outro lado...
Ele por gestos disse que ia chamar um amigo. Quando o amigo chegou, só trazia um remo, e eu perguntei-lhe onde estava o barco. Ele apontou para a margem do rio e foi então que vi ... Uma jangada de bamboo!
Comecei a ficar preocupado. O rio tinha corrente, a jangada tinha o aspecto de se partir mal saísse da margem, e era óbvio que ela não aguentaria com o peso de duas pessoas mais a bicicleta. No entanto, com sorrisos, lá me convenceu a subir...
Fui eu e a bicicleta em cima da jangada, e o amigo a nado a rebocá-la. Consegui finalmente passar o rio e fiz os quilómetros de volta para Yangshuo.
Quando cheguei, reparei que havia uma agência que oferecia a possibilidade de experimentar um passeio nas típicas jangadas de bamboo de Yangshuo. Comecei a sorrir... Mais típico do que a experiência que eu tinha acabado de ter, era impossível.:-)
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